Ofensiva de combates Israelenses na Faixa de Gaza continua após Estados Unidos vetarem resolução na ONU e mais de dois meses de guerra.


Aumenta a tensão no Oriente Médio após os Estados Unidos vetarem uma resolução das Nações Unidas pedindo um cessar-fogo nos conflitos entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas. Em resposta a esse veto, Israel intensificou sua ofensiva em Gaza, resultando em um aumento significativo das mortes e destruição na região.

Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, um bombardeio israelense na cidade de Khan Yunis resultou em seis mortes, enquanto outras cinco pessoas perderam a vida em um ataque em Rafah. Ao mesmo tempo, as autoridades israelenses alegam que o Hamas lançou um ataque contra seu território, resultando na morte de aproximadamente 1.200 pessoas, em sua maioria civis, além de 240 reféns, de um total de 138 ainda em cativeiro. Como desdobramento desse cenário de guerra, mais da metade das casas em Gaza foi destruída ou danificada, deixando 85% da população deslocada, segundo a ONU.

A resolução proposta na ONU foi vetada pelos Estados Unidos, que, de acordo com o vice-representante dos EUA na ONU, Robert Wood, estaria dissociada da “realidade” e, portanto, “não teria movido nem uma agulha no terreno”. Enquanto isso, Israel defende sua ofensiva, alegando que esta poderia evitar que o Hamas continuasse governando a Faixa de Gaza, já que o movimento é acusado de cometer crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Em resposta a esse cenário, o Hamas condenou a posição dos EUA, classificando-a de “imoral e desumana” e acusando os EUA de participação direta nos “massacres”. Por sua vez, o Irã alertou para o risco de uma “explosão incontrolável” na região como resultado do veto americano.

Além disso, a crise humanitária em Gaza se agravou devido ao cerco imposto por Israel, que dificulta a chegada de água, alimentos, medicamentos e eletricidade. Em meio a essa situação, o secretário-geral da ONU, António Guterres, convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança para tentar aliviar a catástrofe humanitária na Faixa de Gaza.

A pressão internacional também se faz sentir, com o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, John Kirby, afirmando que Washington acredita que Israel deve fazer mais para proteger os civis. No entanto, Israel insiste que ainda há 138 reféns detidos em Gaza e que uma operação para libertá-los fracassou, resultando em dois soldados feridos.

Essa escalada de tensões também está influenciando outros territórios, como a Cisjordânia e a Síria, onde confrontos entre forças israelenses e palestinos resultaram em mortes. O observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) reportou que um bombardeio israelense no sul da Síria resultou em três mortes de combatentes do Hezbollah e um sírio.

O peso desses confrontos afeta não só a população diretamente envolvida, mas todo o Oriente Médio, que novamente se vê frente a uma situação de guerra e crise humanitária.

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