Obras de infraestrutura do novo PAC possuem recursos e cronograma físico-financeiro garantidos, afirma o governador Renan Filho.

As soluções encontradas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para retomar os investimentos em rodovias e ferrovias deram às obras públicas uma nova perspectiva e um novo horizonte ao país. O ministro dos Transportes, Renan Filho, ressaltou que houve um esforço para abrir um espaço fiscal para investimentos e que esse espaço está sendo ocupado por uma seleção de obras. Segundo ele, isso significa que as obras incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) têm garantia de recursos para seguir adiante, de acordo com seus cronogramas físico-financeiros.

Entre as medidas citadas pelo ministro, encontra-se a Emenda Constitucional 126/2022, conhecida como EC do Bolsa Família, que aumentou o orçamento previsto para o setor em 2023. Além disso, é possível renegociar contratos de concessão junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), graças a um arcabouço fiscal apresentado pelo Governo Federal ao Congresso Nacional. A criação do novo PAC também tem sido vista como uma importante ferramenta para definir as prioridades para o setor de transportes.

Com a retomada dos investimentos, a infraestrutura de transportes será incrementada com cerca de 300 projetos de rodovias e ferrovias incluídos no novo PAC. O programa prevê um total de R$ 280 bilhões para o setor, com recursos provenientes do Orçamento Geral da União e investimentos privados. A expectativa é de que apenas as obras de rodovias e ferrovias gerem mais de 1 milhão de empregos até 2026.

No caso das rodovias, estão previstos R$ 185,8 bilhões para investimento em obras públicas, estudos e concessões, além da manutenção de toda a malha rodoviária do país. Desse montante, R$ 73 bilhões são de recursos públicos e R$ 112,8 bilhões são investimentos privados. Para as ferrovias, estão destinados R$ 94,2 bilhões em investimentos, sendo R$ 6 bilhões de recursos públicos e R$ 88,2 bilhões de investimentos privados.

Segundo o ministro dos Transportes, a inclusão no PAC permitirá o desenvolvimento de novas obras e a retomada daquelas que estão paralisadas ou inacabadas devido à falta de recursos, como a duplicação da BR-101/BA na divisa de Sergipe até Feira de Santana (BA) e a BR-230/PA, conhecida como Transamazônica.

O planejamento do novo PAC também contempla investimentos nas diferentes regiões do país. Na Região Norte, estão previstos R$ 21,3 bilhões em investimentos públicos e privados, destacando-se a construção da ponte internacional da Guarajá-Mirim, na BR-425/RO, que facilitará a ligação de Rondônia com a Bolívia. Já no Centro-Oeste, está prevista a construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico 1), que aumentará a conectividade entre os estados e impulsionará a economia local. Para o Nordeste, estão destinados R$ 49,1 bilhões, que serão investidos em empreendimentos rodoviários, como a conclusão da duplicação da BR-101/SE.

No Sudeste, a região com maior volume de recursos, estão previstos R$ 96,1 bilhões, sendo a maior parte em investimentos de concessões existentes e novos editais. Destacam-se a BR-381/MG, de Belo Horizonte a Governador Valadares, e a concessão da BR-040, no trecho que liga o Rio de Janeiro (RJ) a Juiz de Fora (MG). Por fim, no Sul, estão previstos R$ 57,8 bilhões em recursos, com destaque para a obra do contorno viário de Florianópolis, na BR-101/SC, que é considerada a maior obra de infraestrutura rodoviária do país.

O novo PAC foi lançado em agosto deste ano com o objetivo de incrementar investimentos, garantir infraestrutura econômica e social, melhorar a competitividade do país e gerar emprego e renda. Estima-se que serão investidos cerca de R$ 1,7 trilhão, tanto de recursos públicos quanto privados, gerando aproximadamente 4 milhões de empregos em todos os eixos do programa.

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