Obra de novo posto de combustíveis na 409 Sul preocupa moradores e gera polêmica com licenças ambientais e diálogo com comunidade.



A construção de um novo posto de combustíveis na 409 Sul tem preocupado os moradores da região, que se mobilizaram contra a obra. Apesar dos esforços da comunidade, os trabalhos seguem em andamento, com tratores e operários atuando no local onde o posto será erguido.

Os donos da área, que adquiriram o terreno em uma licitação da Terracap em dezembro de 2023, realizaram marcação e medição do espaço no início da semana. Além disso, a Caesb já instalou a parte hidráulica necessária para o funcionamento do posto.

Imagens obtidas pelo Metrópoles mostram o avanço das intervenções iniciais no terreno. Os moradores estão preocupados com a impermeabilização do solo que a construção pode causar, gerando impactos ambientais, especialmente durante períodos chuvosos.

Segundo relatos, a vizinhança não foi informada sobre o início das obras, o que gera ainda mais apreensão. O jornalista Elmano Augusto, morador da região, critica a falta de consulta à comunidade: “Projeto? Que projeto? A comunidade não foi consultada para nada”.

Além disso, os residentes questionam a necessidade de mais um posto de combustíveis na 409 Sul, considerando a proximidade de outros estabelecimentos do tipo. Com a transição para veículos elétricos e a diminuição da demanda por combustíveis fósseis, eles questionam os motivos de investir neste setor no momento atual.

A mobilização dos moradores contra a construção do posto não é recente. Desde janeiro deste ano, diversas manifestações vêm sendo realizadas, inclusive com abaixo-assinado para impedir a destruição de uma área verde na região. O caso foi levado à Procuradoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Prodema), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que recebeu uma manifestação contra a construção do posto.

Os moradores alegam que o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub) prevê mais postos na 409 Sul, mas questionam a pertinência dessa medida. Eles levantam a hipótese de que os empresários envolvidos na construção podem estar utilizando essa permissão para obter lucro de outra forma.

O Metrópoles buscou informações junto ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) para esclarecer se houve diálogo com os moradores da quadra em questão. O espaço está aberto para esclarecimentos das autoridades envolvidas.

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