O Equador poderá ter um segundo turno entre Luisa González e Daniel Noboa, de acordo com números preliminares.

Neste domingo, as eleições no Equador apontaram para um segundo turno entre Luisa González, do Renovação Cidadã, e Daniel Noboa, filho do magnata e ex-candidato Álvaro Noboa. Com 65% dos votos apurados, González, que conta com o apoio do ex-presidente Rafael Correa, lidera com 33% dos votos, enquanto Noboa está em segundo lugar, com 24%.

O clima durante a votação foi tenso, e um esquema de segurança sem precedentes foi montado, com policiais e militares controlando o acesso aos locais de votação e a utilização de detectores de metais. Além disso, algumas ruas foram fechadas em áreas onde os candidatos iriam votar. Felizmente, segundo a Organização dos Estados Americanos (OEA) e as autoridades locais, não foram registrados incidentes graves ao longo do dia. O comparecimento às urnas foi de 82,26%, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

A presidente do CNE, Diana Atamaint, afirmou em uma entrevista coletiva que esse foi um momento histórico para o país. No entanto, ela também reconheceu problemas com o sistema de votação pela internet, usado pelos equatorianos no exterior. Apenas 51.255 dos 123.259 eleitores registrados em postos no exterior votaram, segundo o CNE.

Após a divulgação dos resultados preliminares, Luisa González comemorou o seu desempenho no primeiro turno, destacando que é a primeira vez na história do Equador que uma mulher consegue tal resultado. Ela afirmou que isso marca o início de uma nova história, com fé, esperança e dias melhores para o povo equatoriano.

Na terceira posição, aparece Christian Zurita, que concorre na chapa que era de Fernando Villavicencio, assassinado no mês passado. Zurita, um jornalista investigativo, votou usando um colete à prova de balas e com escolta armada. Já Jan Topic, apelidado de “Rambo” devido ao seu discurso de combate à criminalidade, está em quarto lugar.

Outro nome de destaque nas eleições é o líder indígena Yaku Pérez, que ficou em terceiro lugar na eleição de 2021 e protagonizou acusações de fraude, que nunca foram comprovadas. Agora, ele amarga um distante sexto lugar, com menos de 4% dos votos.

Essas eleições acontecem em um momento de grave crise social no Equador. Cerca de 27% da população vive em estado de pobreza, e a instabilidade política e a crise de segurança, com o aumento do crime organizado e do narcotráfico, são desafios que o próximo presidente ou presidente terá que enfrentar.

Vale ressaltar que o segundo turno acontecerá no dia 15 de outubro e determinará os ocupantes dos cargos até o fim dos atuais mandatos, ou seja, apenas até 2025. Após isso, novas eleições serão realizadas no país.

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