Colisões no espaço, mesmo com pedaços pequenos de detritos, podem causar sérios problemas, tornando ainda mais perigoso o contato com detritos de grandes dimensões, como satélites inoperantes ou estágios de foguetes. Essa situação pode levar à destruição completa de objetos importantes, como a Estação Espacial Internacional (EEI).
Atualmente, a única forma de evitar colisões é ajustando a órbita da estação espacial por meio de seus motores ou das espaçonaves acopladas a ela. Desde 1999, foram realizadas 38 manobras desse tipo, consumindo uma grande quantidade de combustível a cada vez.
Para contornar esse problema, especialistas da Universidade de Samara propuseram uma nova abordagem, que envolve o uso de uma espaçonave especial acoplada ao objeto. Essa espaçonave poderia se desacoplar da base em caso de perigo e resolver a situação rapidamente.
No entanto, prever a trajetória dos detritos com antecedência é um desafio. O professor Aleksandr Ledkov explicou que o perigo de uma colisão só é conhecido cerca de dois dias antes do evento, o que limita o tempo de reação.
O veículo projetado seria capaz de se desacoplar da EEI e se aproximar dos detritos espaciais, direcionando o jato de seu motor para empurrar os detritos para fora de suas órbitas perigosas. Esse método inovador poderia economizar até 90% de combustível em comparação com as manobras tradicionais de ajuste de órbita.
Com essa abordagem, os cientistas acreditam que poderão proteger com mais eficiência o espaço sideral e garantir a segurança de equipamentos espaciais vitais. A pesquisa representa um avanço significativo no campo da exploração espacial, abrindo caminho para novas tecnologias de proteção contra detritos espaciais.