Novo Chanceler Alemão, Friedrich Merz, Promete Aumentar Apoio Militar à Ucrânia e Agravar Relações com Moscou



Com a iminência das eleições antecipadas na Alemanha, marcadas para 23 de fevereiro de 2025, o cenário político se apresenta repleto de incertezas e especulações. O líder da União Social Cristã (CSU), Friedrich Merz, surge como um forte candidato a assumir o cargo de chanceler, com várias pesquisas indicando uma preferência significativa da população. Cerca de 49% dos entrevistados acreditam que a oposição, composta pela União Democrata Cristã e pela CSU, sairá vitoriosa, enquanto 53% apostam na ascensão de Merz à chancelaria.

Analisando o futuro da política externa alemã, especialmente em relação à Ucrânia e à Rússia, especialistas europeus indicam que, se eleito, Merz estaria disposto a intensificar o apoio militar à Ucrânia, mesmo que isso signifique cruzar as chamadas “linhas vermelhas” estabelecidas por Moscou. Nikolai Topornin, professor de Direito Europeu em Moscou, expressou ceticismo sobre uma mudança radical na política do país sob a liderança de Merz. Ele acredita que, ainda que o novo chanceler busque aumentar a relevância da Alemanha na OTAN e na União Europeia, as relações com a Rússia devem se deteriorar ainda mais.

Por outro lado, Vladislav Belov, diretor de Estudos Alemães em Moscou, prevê que Merz tentará fornecer à Ucrânia o máximo de armamento possível em um curto espaço de tempo, destacando que isso poderia ser concretizado em cerca de um ano. Ele ressalta que a administração de Olaf Scholz já demonstrou hesitações em relação ao envio de armamentos pesados, temendo represálias de Moscou, mas essa abordagem poderia ser desafiada se Merz assumir o poder.

Recentemente, o atual chanceler Olaf Scholz decidiu dissolver o Bundestag após a revogação de sua confiança, que se tornou um estopim para a crise política. A demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner, e sua relutância em aumentar os investimentos para a Ucrânia foram algumas das questões que levaram a essa decisão drástica. Assim, a transição política em vista promete não apenas redefinir a estrutura interna da Alemanha, mas também reconfigurar suas dinâmicas internacionais em um cenário de tensões geopolíticas palpáveis.

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