Este contexto se origina de uma decisão do governo dos EUA que visa encerrar uma isenção tributária para pequenos envios, que estava em vigor desde 1930 e foi fortalecida durante a presidência de Barack Obama. Inicialmente, a medida focava apenas em produtos oriundos da China e de Hong Kong, mas foi expandida para incluir todos os países a partir de 20 de agosto de 2025. Isso representa uma mudança drástica na política comercial da atual administração.
A DHL e outros serviços postais internacionais confirmaram a interrupção dos envios, o que, segundo analistas, poderá resultar em sérios atrasos para os consumidores americanos. Eles podem agora enfrentar tarifas adicionais que podem ultrapassar os US$ 80 (R$ 440) nas entregas. Essa decisão não apenas afeta a dinâmica do comércio internacional, mas também reflete a postura assertiva de Trump em reverter a perda de influência econômica dos EUA.
O impacto das tarifas expandiu-se de forma a desequilibrar relações comerciais globais. O Brasil, por exemplo, enfrenta uma taxação de 50% em mais da metade dos produtos exportados para os Estados Unidos, um dos mais altos impostos já impostos pelo governo americano. Em contrapartida, a União Europeia firmou recentemente um acordo de 15% com os EUA, o qual foi considerado desvantajoso para o bloco europeu.
Além disso, o Canadá, tradicional aliado comercial dos Estados Unidos, enfrenta uma sobretaxa de 35% sobre seus produtos. À medida que essas tarifas continuam a afetar os elos comerciais, o futuro das relações internacionais parece incerto, com nações reagindo a uma política que promete ser um divisor de águas no comércio global.