Nissan encerra produção em fábrica histórica no Japão e anuncia reestruturação drástica com fechamento de sete unidades até 2028 e 20 mil demissões globais.

A montadora japonesa Nissan acaba de anunciar a decisão de encerrar as atividades de uma de suas fábricas mais icônicas, localizada nas proximidades de Tóquio. Com uma trajetória que remonta a 1961, essa unidade tornou-se um marco na história da empresa ao produzir mais de 17,8 milhões de veículos ao longo de suas operações. No entanto, a decisão de fechar a fábrica não é meramente uma questão de descontinuidade; ela é parte de uma reestruturação abrangente que busca enfrentar uma das mais severas crises já vividas pela Nissan.

O CEO da companhia, Ivan Espinosa, classificou essa decisão como “dura, mas necessária”, ressaltando a gravidade da situação enfrentada pela montadora. Em um ambiente de mercado cada vez mais desafiador e competitivamente acirrado, o novo plano de gestão contempla uma redução drástica na capacidade de produção global, que passará de 3,5 milhões para 2,5 milhões de veículos por ano. Essa mudança envolve o fechamento de sete das atuais 17 fábricas até 2028, um movimento que poderá resultar em cerca de 20 mil demissões em todo o mundo.

Os números falam por si: apenas no primeiro trimestre de 2025, a Nissan registrou um prejuízo assustador de US$ 4,5 bilhões, o que equivale a aproximadamente R$ 20 bilhões. Essa realidade financeira se soma a desafios estratégicos que a empresa já enfrenta. Há alguns meses, a montadora tentou estabelecer uma fusão com a Honda, mas as negociações não avançaram, uma vez que a Nissan não aceitou a proposta de se tornar uma subsidiária integral da rival.

No mercado, os sinais de incerteza são palpáveis. Nesta quarta-feira, as ações da Nissan recuaram 1,32% na Bolsa de Tóquio, evidenciando a apreensão dos investidores em relação ao futuro da empresa. Assim, a Nissan se vê em um dilema: equilibrar suas operações globais enquanto enfrenta a necessidade urgente de se reinventar em um setor automotivo em rápida transformação. A pergunta que fica é como a empresa irá navegar por esse momento crítico e se conseguirá recuperar seu espaço no mercado.

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