Essa acolhida é um passo significativo para o fortalecimento das relações comerciais e políticas no âmbito do BRICS, que desde sua criação se propõe a promover a cooperação entre nações em desenvolvimento e a reforma das instituições de governança global. O Itamaraty destacou que a adesão da Nigéria não apenas reforça a presença do continente africano no grupo, mas também alinha os interesses do país com os objetivos do BRICS, especialmente na promoção de uma maior colaboração entre as nações do Sul Global.
Com uma população que ultrapassa 200 milhões de habitantes, a Nigéria desempenhará um papel central nas discussões sobre desenvolvimento sustentável e crescimento econômico dentro do BRICS. O governo brasileiro relembrou também que a Nigéria, ao lado de outras nações parceiras, contribuirá para a construção de um mundo mais multipolar.
Outra grande novidade no BRICS foi a entrada da Indonésia como membro pleno do grupo, formalizada também no mês de janeiro. A Indonésia, que é a maior economia do Sudeste Asiático, se junta ao BRICS em um momento estratégico, reforçando ainda mais a colaboração entre as nações do Sul Global. O governo brasileiro expressou otimismo de que a contribuição indonésia irá ampliar os esforços coletivos visando a reforma das instituições globais, questão prioritária na agenda do BRICS.
O BRICS, originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia e China em 2006 e expandido para incluir a África do Sul em 2010, deu início a uma nova fase em sua história ao incluir vários novos membros em 2024, como Egito e Arábia Saudita. Essa expansão contínua evidencia a crescente importância desse bloco no cenário internacional e seu papel crucial na promoção de um sistema econômico e político mundial mais equilibrado e inclusivo.