Nicarágua Recebe Barco-Hospital da China, Marcando Primeiro Acordo de Saúde na América Latina

Em um marco significativo para a cooperação internacional em saúde, a Nicarágua se tornou o primeiro país da América Latina a receber o navio-hospital “Arca da Rota da Seda 867”, pertencente à Marinha da China. A embarcação atracou no porto de Corinto, situado a 156 quilômetros a oeste de Manágua, e sua chegada foi marcada por uma cerimônia oficial que celebrou a união das forças armadas nicaraguense e chinesa.

O general Julio César Avilés, comandante das Forças Armadas da Nicarágua, destacou a importância desta visita, enfatizando o caráter humanitário e histórico do evento. Ele afirmou que tanto o Exército Nicaraguense quanto o Exército de Libertação Popular da China compartilham valores fundamentais, surgindo de lutas populares pela liberdade e pela paz. De acordo com ele, essa colaboração tem o potencial de fortalecer as relações entre os dois povos.

Durante o evento, Pen Gulian, chefe da missão do navio-hospital, expressou esperança de que a iniciativa ofereça “serviços médicos de alta qualidade” e ajude a solidificar os laços de amizade entre a China e a Nicarágua. O presidente da Assembleia Nacional nicaraguense, Gustavo Porras, também se pronunciou, descrevendo a visita como uma manifestação de solidariedade e amizade, ressaltando a fraternidade entre os povos de ambos os países.

A presença do navio-hospital “Arca da Rota da Seda” é parte de um esforço maior da China para expandir suas operações humanitárias e de saúde na região. Desde 2010, a embarcação tem prestado assistência médica em mais de 40 países, e, na Nicarágua, espera-se que atenda cerca de 500 pessoas diariamente, com serviços que incluem consultas especializadas e pequenas cirurgias no Hospital Mauricio Abdalah, localizado no departamento de Chinandega.

Esta visita ocorre em um contexto de fortalecimento das relações entre a Nicarágua e a China, que foram restabelecidas em 2021. Desde então, ambos os países têm firmado diversas parcerias nas áreas de infraestrutura, educação, energia e saúde, com o objetivo de criar uma colaboração técnica mais robusta e efetiva. A chegada do “Arca da Rota da Seda” representa também um passo significativo no desenvolvimento dessas parcerias, que podem ter um efeito duradouro na assistência humanitária da região.

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