O momento foi ainda mais especial com a interpretação conjunta de “Eu quero botar meu bloco na rua”, um clássico de Sérgio Sampaio, que já havia sido bastante explorado por Alcina e que serviu como o título da recente turnê de Ney. A performance não apenas celebrou a música brasileira, mas também reafirmou a importância da resistência e do ousadia nas artes, especialmente em um contexto em que ser transgressor merece valor e reconhecimento.
Além de ser um marco musical, a noite também foi uma celebração do lançamento do livro “A audácia dos invertidos”, de Rodrigo Faour, um pesquisador apaixonado pela música e cultura nacionais. Faour, conhecido por sua ambição em explorar a fundo a rica tapeçaria cultural brasileira, transformou o lançamento de sua obra em um verdadeiro acontecimento, repleto de shows e homenagens, incluindo a entrega do troféu Clóvis Bornay a diversos homenageados.
O Teatro Rival, conhecido por sua vanguarda e por abrigar eventos de destaque, se encheu de artistas e amantes da música, que presenciaram um espetáculo que unia gerações e reafirmava o papel fundamental da arte na luta por direitos e pela liberdade de expressão. Entre os presentes estavam figuras renomadas como Alcione, Zezé Motta e Joanna, que, ao lado de outros convidados, representaram um legado de resistência e colaboração no cenário artístico brasileiro.
Esta noite não foi apenas sobre a música, mas uma verdadeira comemoração da diversidade e da riqueza cultural do Brasil, um lembrança do poder da arte em provocar e unir pessoas em torno de uma causa comum. Assim, a apresentação de Ney e Maria foi mais do que um show; foi um testemunho de coragem e uma expressão do que significa ser um artista em um mundo que frequentemente desafia suas vozes.









