Neurocirurgia moderna: avanças na preservação da função cerebral e no tratamento de doenças do sistema nervoso central, revelam especialistas russos.

Neurocirurgia moderna: Preservação da função cerebral e combate a doenças

O cérebro humano, embora reconhecido como o órgão mais complexo do corpo, permanece um enigma para a ciência médica. De acordo com especialistas como Dmitry Usachev, presidente da Associação Russa de Neurocirurgia e diretor do Centro Nacional Burdenko de Pesquisa Médica, a preservação da função cerebral é um desafio contínuo diante do número crescente de patologias que afetam o sistema nervoso central.

Usachev explica que cerca de 50% dos pacientes que buscam tratamento se deparam com doenças oncológicas, incluindo tumores primários e metastáticos. Além disso, existem outras condições frequentemente tratadas, como doenças vasculares que afetam o cérebro e a medula espinhal. Dentre essas, a aterosclerose se destaca como uma das principais ameaças à saúde. O neurologista enfatiza que essa condição, que gera obstruções nas artérias, é responsável por um número alarmante de cirurgias e está entre os maiores inimigos da saúde pública, ao lado do câncer.

Em termos de tratamento, a detecção precoce é crucial. Avaliações como ultrassonografias das artérias carótidas são recomendadas anualmente para pessoas a partir dos 40 anos, pois o estilo de vida, fatores genéticos e má alimentação desempenham papéis significativos no surgimento de doenças vasculares. Um estilo de vida equilibrado e a moderação na dieta podem ajudar a mitigar esses riscos.

A difícil questão de como tratar tumores cerebrais é outra área onde a neurocirurgia moderna está se avançando. O tratamento envolve uma abordagem multifacetada, começando com a remoção cirúrgica do tumor, seguida de terapias complementares como radioterapia e quimioterapia. Recentemente, a pesquisa em genética molecular tem sido fundamental na busca por terapias mais eficazes que visem especificamente as células tumorais.

Apesar de muitos desafios, Usachev afirma que é possível tratar diversas patologias neurológicas. A meta é sempre maximizar a preservação da função cerebral dos pacientes enquanto se busca eliminar a doença de forma tão eficaz quanto possível. O avanço contínuo na neurociência contribuirá para desvendar os mistérios do cérebro, permitindo um futuro em que enfrentar doenças neurológicas se torne cada vez mais eficaz e menos invasivo.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo