Netumbo Nandi-Ndaitwah é eleita como primeira presidente mulher da Namíbia com 57% dos votos em eleições contestadas pela oposição.



A Namíbia elegeu a primeira mulher presidente em sua história, Netumbo Nandi-Ndaitwah, do partido governista Swapo (Organização do Povo do Sudoeste Africano), que obteve 57% dos votos no primeiro turno das eleições presidenciais. A comissão eleitoral anunciou os resultados na terça-feira (3/12), declarando Nandi-Ndaitwah como a vencedora, enquanto seu oponente, Panduleni Itula, do partido Patriotas Independentes pela Mudança (IPC), ficou em segundo lugar com 26% dos votos.

Com quase 1,5 milhão de eleitores registrados, a participação eleitoral foi de 77%, mostrando um grande interesse da população nas eleições. Nandi-Ndaitwah, de 72 anos, era uma candidata favorita por representar o partido que governa o país desde sua independência em 1990. Com uma longa trajetória política, incluindo o cargo de ministra das Relações Exteriores, ela é uma figura popular tanto nacionalmente quanto internacionalmente.

Apesar da vitória, a Swapo viu seus níveis de apoio diminuírem nos últimos anos, devido a questões econômicas e corrupção no governo. A campanha eleitoral foi mais competitiva do que o habitual, demonstrando um desejo de mudança na população. Nandi-Ndaitwah promete resolver questões como o alto desemprego entre os jovens por meio de investimentos em energia verde, agricultura e infraestrutura.

A oposição, liderada pelo IPC, ameaçou contestar os resultados eleitorais, alegando irregularidades e problemas técnicos durante a votação. O IPC conquistou 20 cadeiras no parlamento, tornando-se a principal força de oposição, enquanto a Swapo obteve 51 cadeiras e continuará no governo.

A eleição foi acompanhada por observadores internacionais, devido à importância do país nas relações com a Alemanha. Ambos os países trabalham em um acordo de reconciliação da era colonial, além de colaborarem no Projeto Hyphen, que prevê a importação de hidrogênio pela Alemanha a partir de 2028. A Namíbia enfrenta desafios econômicos e sociais que requerem um governo forte e comprometido com o desenvolvimento do país.

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