Netanyahu Revela Intenção Secreta de Retomar Conflito em Gaza Após Liberação de Reféns, Afirmam Fontes Governamentais



A atual instabilidade no Oriente Médio continua a suscitar preocupações, com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu revelando, em conversa reservada com seus aliados de extrema direita, o plano de retomar a guerra na Faixa de Gaza após a conclusão da primeira etapa de um acordado resgate de reféns. Esse entendimento entre Israel e o grupo palestino Hamas prevê a libertação de 33 reféns em troca da liberação de mais de mil prisioneiros palestinos. Tal promessa foi discutida “a portas fechadas”, conforme relatado por fontes próximas ao governo.

Nos últimos dias, Netanyahu tem se esforçado para manter o apoio da liderança de seu governo, especialmente de Bezalel Smotrich, que ocupa uma posição chave no Ministério da Defesa e tem influência sobre as políticas em Gaza e na Cisjordânia. Segundo Gayil Talshir, um renomado cientista político da Universidade Hebraica, a permanência de Smotrich no governo é vista como crucial para Netanyahu, que está preocupado com a estabilidade de sua coalizão. O comprometimento de Netanyahu de reiniciar as ações militares visa, em parte, atender às exigências de seus parceiros da direita que exigem uma postura mais agressiva em relação ao Hamas.

A situação na região se intensificou após um cessar-fogo mediado pelo Catar, Egito e Estados Unidos, que tinha como objetivo finalizar um conflito que já resultou em cerca de 46 mil mortos entre palestinos ao longo de 15 meses. Este cessar-fogo de 42 dias foi um esforço para diminuir as hostilidades, que agora se estenderam para além da Faixa de Gaza, atingindo também o Líbano e o Iémen, onde foi observado um aumento dos ataques aéreos entre Israel e forças iranianas.

A libertação dos reféns, que começará no próximo domingo caso seja aprovada pelo Gabinete dos Ministros, ocorre em um momento de grande tensão. A negociação, que é um passo inicial em um processo maior de cessar-fogo, deixará muitas interrogações em aberto sobre o futuro da paz na região e a possibilidade de uma nova escalada do conflito. A posição de Netanyahu indica que, apesar das movimentações diplomáticas, a estratégia militar continua sendo uma parte fundamental de sua administração. A comunidade internacional observa atentamente, enquanto o ciclo de violência parece propenso a se reiniciar.

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