As estatísticas são alarmantes: mais de 3.500 vidas foram perdidas em decorrência dos recentes conflitos, e aproximadamente 15.000 pessoas ficaram feridas. Além disso, mais de 1,2 milhão de libaneses foram forçados a deixar suas casas, indicando uma crise humanitária em curso. A expectativa é que, dentro dos próximos dias, um acordo de cessar-fogo seja formalmente anunciado. Segundo os relatos, a razão parece ter prevalecido em Israel, e as autoridades do país estão se movendo em direção a um entendimento que pode ser ratificado no dia 26 de novembro.
Al-Murtada afirma que o governo israelense, devido à pressão interna, não possui mais condições políticas de continuar com o conflito. Entretanto, o cenário ainda apresenta desafios, já que há a necessidade de Tel Aviv respeitar a Resolução 1701 da ONU, que foi ignorada em várias ocasiões. O ministro também alertou o povo libanês a não se deixar levar por um otimismo excessivo, destacando que, a seguir, será crucial observar como Israel reagirá na fase pós-cessar-fogo.
Fontes políticas no Líbano indicam que Najib Mikati, atual chefe interino do governo, deverá anunciar oficialmente o cessar-fogo no dia 27. Um dos elementos críticos desse acordo seria a realização de eleições presidenciais, uma necessidade premente em um país sem chefe de Estado há dois anos.
Reuniões de alto nível em Israel têm contemplado a mediação dos Estados Unidos e o engajamento com líderes libaneses, incluindo o presidente do Parlamento, Nabih Berri. O enviado especial dos EUA, Amos Hochstein, desempenhou um papel ativo nas negociações, enquanto as condições estabelecidas pelo Hezbollah para prosseguir com o diálogo incluem a completa interrupção de hostilidades por parte de Israel e o respeito pela soberania libanesa em todas as suas fronteiras.
À medida que a possibilidade de um acordo de cessar-fogo se aproxima, o futuro político da região ainda permanece incerto, refletindo a complexidade e a profundidade do conflito, que vão além das meras hostilidades armadas. A próxima semana pode se mostrar decisiva para a estabilidade no Líbano e na dinâmica das relações entre os dois países.