Recentemente, as forças de defesa israelenses intensificaram suas operações na Cidade de Gaza, resultando em ataques que deixaram pelo menos 19 mortos em um único dia, incluindo membros de famílias em Zawayda. Segundo fontes militares, o Exército israelense relatou ter atingido 170 alvos em 24 horas, com suas tropas já posicionadas dentro da cidade, um cenário que é justificado por Israel como uma retaliação ao ataque do Hamas em outubro de 2023, que resultou em cerca de 1.200 mortos e mais de 240 reféns.
No entanto, o impacto humanitário dessa ofensiva já é devastador, com estimativas que apontam mais de 65 mil mortes de palestinos, além de uma crise humanitária crescente que obriga os civis a se deslocarem constantemente, sem opções seguras de fuga. Netanyahu considera Gaza como o último bastião do Hamas, ao passo que o grupo alerta que a escalada das hostilidades coloca em risco a vida dos reféns israelenses.
Enquanto isso, na esfera diplomática, Trump apresentou um plano de paz com 21 pontos a líderes de nações muçulmanas, prometendo que não permitirá a anexação da Cisjordânia por Israel, um ato considerado inaceitável pela comunidade internacional. Apesar dessa promessa, Netanyahu reafirmou sua posição de nunca aceitar a criação de um Estado palestino, mesmo diante de reconhecimento internacional da Palestina por países como Reino Unido, França e Canadá.
O cenário político para Israel é cada vez mais complicado, com um crescente isolamento diplomático à medida que diversas nações criticam suas ações em Gaza. O Tribunal Penal Internacional chegou a emitir um mandado de prisão contra Netanyahu, sob alegações de crimes de guerra, que Israel nega vigorosamente. Curiosamente, dados recentes indicam que o avião de Netanyahu evitou o espaço aéreo de países como França e Espanha em sua viagem aos EUA, um sinal claro da tensão diplomática em que Israel se encontra.
Na próxima semana, Netanyahu se encontrará com Trump para discutir as frentes da guerra, a liberação dos reféns e as possibilidades de fortalecer as relações diplomáticas de Israel, em um contexto marcado pela incerteza e fragilidade. A situação em Gaza continua a ser um tema de crescente preocupação e debate global, com repercussões que se estendem muito além da região.