Netanyahu demite ministro da Defesa e nomeia substituto em meio a enfrentamento com Gaza e derrotas militares no Oriente Médio.



O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, surpreendeu a todos ao demitir Yoav Galant do cargo de ministro da Defesa e nomear Yisrael Katz como seu substituto no dia 5 de novembro. A decisão veio acompanhada de uma justificativa de “diferenças significativas” na abordagem das ações militares na Faixa de Gaza, além da perda de confiança mútua entre Netanyahu e Galant.

Segundo o analista internacional Daniel Lobato, a demissão de Galant representa um “fracasso claro” para Netanyahu, uma vez que os objetivos anunciados pelo primeiro-ministro após o ataque do Hamas não foram alcançados, apesar da devastação causada e das duras condições impostas à população palestina em Gaza.

Além disso, Israel enfrenta desafios em outras frentes, como a guerra não declarada contra o Hezbollah no Líbano e as dificuldades em lidar com o Irã. Lobato destaca que as ações israelenses não conseguiram atingir seus objetivos nesses conflitos, resultando em perdas significativas de soldados e recursos militares.

Com a nomeação de Yisrael Katz como ministro da Defesa, Lobato alerta para uma possível intensificação das ações genocidas em Gaza, contrariando decisões da Corte Internacional de Justiça. A postura agressiva de Katz em relação aos palestinos levanta preocupações sobre o futuro do conflito na região e as relações com os Estados Unidos, principal aliado de Israel.

Neste cenário tenso, Lobato ressalta que a fase de genocídio na Palestina representa o fracasso de uma colonização que perdura há décadas, assemelhando-se a episódios históricos de dominação e resistência em outras partes do mundo. A situação delicada na região do Oriente Médio exige atenção e diálogo entre as partes envolvidas para evitar uma escalada de violência e conflito prolongado.

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