A ordem executiva, assinada por Trump em 29 de janeiro, foca na detecção e monitoramento de estudantes e professores que participam de atos de desobediência civil, classificando essas ações como antissemitismo e apoio ao terrorismo. O governo declarou que os departamentos de Educação, Estado e Segurança Interna devem desenvolver recomendações para que as universidades relatem atividades de alunos estrangeiros que participem de tais protestos, com a possibilidade de deportação se as investigações forem consideradas justificáveis.
Essa decisão surge em um período tenso, marcado por muitos protestos em centros universitários norte-americanos ao longo de 2024. Os manifestantes pediam que as universidades condenassem as ações militares de Israel na Faixa de Gaza, que ocorreram em resposta a um ataque do Hamas em outubro do mesmo ano. Além dessas demandas, os estudantes também exigiam que fosse suspenso o financiamento a empresas vinculadas ao governo israelense e que fosse encerrado o intercâmbio acadêmico com instituições israelenses.
Netanyahu expressou seu apreço ao presidente Trump, ressaltando a importância da ordem executiva na luta contra o antissemitismo nas universidades e a proteção do povo judeu. Sob a liderança de Trump, a retórica sobre imigração e segurança nacional enfatiza uma postura dura em relação a imigrantes, o que se reflete também nessa nova política que afeta os estudantes.
A determinação de deportar alunos estrangeiros está enraizada na plataforma eleitoral de Trump, que prometeu uma repressão mais rigorosa à imigração desde o início de sua candidatura. Ao tomar posse, ele já tinha anunciado medidas para fortalecer as fronteiras, incluindo o envio de tropas para apoiar a patrulha da fronteira sul dos Estados Unidos.
Essas ações e políticas levantam questões sobre a liberdade de expressão e o direito de protesto nas universidades, num contexto onde as vozes em favor da Palestina se tornaram cada vez mais audíveis, revelando a profundidade da divisão sobre esse tema tanto nos Estados Unidos quanto globalmente. A resposta do governo e a reação das instituições educacionais serão fundamentais para moldar o discurso e a ação política em relação a questões de justiça social, direitos humanos e imigração.