Netanyahu Agradece a Trump por Ordem de Deportação de Ativistas Estrangeiros Pro-Palestina nos EUA



O cenário das universidades nos Estados Unidos ganhou novos contornos após o recente apoio do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ao presidente Donald Trump, em função de uma ordem executiva que visa deportar estudantes estrangeiros envolvidos em manifestações pró-Palestina. Essa medida, anunciada em uma declaração pública, surge em meio a um crescente movimento de protesto nas instituições de ensino, no qual os manifestantes clamam pelo fim do apoio militar e financeiro dos EUA a Israel, especialmente em relação às operações na Faixa de Gaza.

A ordem executiva, assinada por Trump em 29 de janeiro, foca na detecção e monitoramento de estudantes e professores que participam de atos de desobediência civil, classificando essas ações como antissemitismo e apoio ao terrorismo. O governo declarou que os departamentos de Educação, Estado e Segurança Interna devem desenvolver recomendações para que as universidades relatem atividades de alunos estrangeiros que participem de tais protestos, com a possibilidade de deportação se as investigações forem consideradas justificáveis.

Essa decisão surge em um período tenso, marcado por muitos protestos em centros universitários norte-americanos ao longo de 2024. Os manifestantes pediam que as universidades condenassem as ações militares de Israel na Faixa de Gaza, que ocorreram em resposta a um ataque do Hamas em outubro do mesmo ano. Além dessas demandas, os estudantes também exigiam que fosse suspenso o financiamento a empresas vinculadas ao governo israelense e que fosse encerrado o intercâmbio acadêmico com instituições israelenses.

Netanyahu expressou seu apreço ao presidente Trump, ressaltando a importância da ordem executiva na luta contra o antissemitismo nas universidades e a proteção do povo judeu. Sob a liderança de Trump, a retórica sobre imigração e segurança nacional enfatiza uma postura dura em relação a imigrantes, o que se reflete também nessa nova política que afeta os estudantes.

A determinação de deportar alunos estrangeiros está enraizada na plataforma eleitoral de Trump, que prometeu uma repressão mais rigorosa à imigração desde o início de sua candidatura. Ao tomar posse, ele já tinha anunciado medidas para fortalecer as fronteiras, incluindo o envio de tropas para apoiar a patrulha da fronteira sul dos Estados Unidos.

Essas ações e políticas levantam questões sobre a liberdade de expressão e o direito de protesto nas universidades, num contexto onde as vozes em favor da Palestina se tornaram cada vez mais audíveis, revelando a profundidade da divisão sobre esse tema tanto nos Estados Unidos quanto globalmente. A resposta do governo e a reação das instituições educacionais serão fundamentais para moldar o discurso e a ação política em relação a questões de justiça social, direitos humanos e imigração.

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