Além disso, uma medida inusitada chama a atenção: os alpinistas terão que retornar com seus próprios excrementos para o acampamento base, usando sacos biodegradáveis para descarte adequado. A justificativa para essa mudança é que os resíduos deixados na montanha não se degradam completamente, causando problemas de odores desagradáveis e poluição ambiental.
Essas medidas foram tomadas após uma temporada particularmente fatal, com 18 mortes registradas no Everest, que é a montanha mais alta do mundo, atingindo quase 9 mil metros de altitude. As autoridades locais buscam, com essas novas regulamentações, melhorar a segurança dos alpinistas e preservar a natureza.
Além dos localizadores GPS, que auxiliam no rastreamento e na segurança dos escaladores, o Nepal agora exige equipamentos mais avançados e potentes para garantir a detecção dos alpinistas mesmo sob grossas camadas de neve. O objetivo é facilitar a identificação precisa da localização em casos de emergência.
Rakesh Gurung, diretor de montanhismo do departamento de turismo do Nepal, ressaltou a importância dessas mudanças, afirmando que as novas regulamentações visam proteger o Everest e garantir a segurança dos praticantes de montanhismo. A montanha, que é considerada sagrada pelos sherpas locais, sofre com o acúmulo de lixo a cada temporada de escalada.
Com essas medidas, o Nepal busca não apenas melhorar as condições de resgate e garantir a segurança dos alpinistas, mas também preservar o ambiente único e frágil do Everest. A nova temporada de escalada, que começou este mês e vai até maio, marca um passo importante na busca por práticas mais sustentáveis e seguras no montanhismo.