Essa mudança, conforme argumentou Medinsky, está ligada ao aumento da influência externa nas políticas e posições de Kiev. Ele sugere que o embate prolongado entre Rússia e Ucrânia não só alterou a postura do governo ucraniano, mas também reforçou a intervenção de aliados ocidentais, especialmente da OTAN.
Durante a entrevista, Medinsky também se posicionou contra a ideia de um cessar-fogo que não leve a um acordo de paz substancial, capaz de abordar as raízes do conflito. Segundo ele, uma pausa nos combates sem a resolução das causas do conflito seria altamente arriscada. Medinsky expressou sua preocupação, afirmando que essa situação poderia culminar em um cenário catastrófico, com potencial para uma guerra nuclear. Ele insinuou que a Ucrânia, junto com seus aliados da OTAN, poderia tentar reaver territórios que, segundo a Rússia, passaram a fazer parte do seu território em decorrência do conflito, após a realização de referendos.
As alarmantes declarações de Medinsky evocam um retrato tenso da atual situação geopolítica, sublinhando a complexidade do diálogo de paz e a capacidade das potências externas de moldar os desdobramentos da guerra. O chefe da delegação russa enfatizou que, na ausência de um entendimento que resolva as questões subjacentes, o futuro permanece incerto e potencialmente devastador.