Com 42 anos, Bukele, um ex-publicitário de ascendência palestina, obteve uma vitória expressiva nas eleições de fevereiro, conquistando 85% dos votos e a maioria no Congresso do país. Sua popularidade é inegável, mesmo sendo alvo de críticas por medidas consideradas autoritárias.
Nas redes sociais, o presidente é conhecido por seu estilo descontraído e por rir das acusações de ser um ditador. No entanto, especialistas alertam para a rápida eliminação de pesos e contrapesos essenciais para a democracia, o que tem levado a preocupações com sua postura autoritária.
Dentre as medidas controversas adotadas por Bukele está a declaração de “guerra” às gangues, resultando em um estado de exceção desde março de 2022, com a detenção de 80 mil pessoas sem ordem judicial. Organizações de direitos humanos têm denunciado mortes, torturas e detenções arbitrárias sob seu governo.
Além das questões de segurança, a economia de El Salvador também é um ponto sensível, com uma dívida pública de 30 bilhões de dólares e cerca de 29% da população vivendo abaixo da linha da pobreza. A dependência das remessas enviadas por salvadorenhos que vivem no exterior é um fator crucial para a economia do país.
Apesar de medidas como tornar o bitcoin como curso legal em El Salvador, criticado por falta de circulação na vida cotidiana, Bukele ainda enfrenta desafios para impulsionar a economia e garantir uma vida melhor para os cidadãos.
Com mais um mandato à frente de El Salvador, Bukele terá que lidar com as expectativas da população em relação à segurança e à prosperidade econômica, enquanto enfrenta críticas por suas práticas políticas.