Navios civis navegam em direção aos portos ucranianos no Mar Negro, desafiando ameaças russas após fim de acordo de grãos



A Ucrânia anunciou no último sábado que dois navios civis estão navegando atualmente no Mar Negro em direção aos portos ucranianos. Essa é a primeira vez que isso ocorre desde julho, quando foi rompido o acordo de grãos com a Rússia, que permitiu à Ucrânia exportar cereais apesar da invasão.

O ministro ucraniano das Infraestruturas, Oleksander Kubrakov, informou em seu perfil no Facebook: “Os primeiros navios civis estão entrando no corredor provisório para chegar aos portos ucranianos”. Os navios em questão são o ‘África Resiliente’ e o ‘Aroyat’, que confirmaram estarem prontos para embarcar cerca de 20 mil toneladas de trigo destinadas à África e à Ásia, com destino ao porto de Chornomorsk.

Esses dois navios de carga, que operam sob a bandeira de Palau, têm tripulação composta por marinheiros da Turquia, Azerbaijão, Egito e Ucrânia. São os primeiros navios a navegar para os portos do Sul da Ucrânia desde o início de julho, apesar das repetidas ameaças da Rússia de que poderia atacá-los.

A Rússia se retirou do acordo de grãos assinado em 2022 com Kiev em meados de julho. Esse acordo, intermediado pela ONU e pela Turquia, permitiu a exportação de cereais ucranianos por um ano, mesmo durante a guerra. Essa exportação era de extrema importância para a segurança alimentar mundial.

Desde então, a Rússia tem bombardeado a infraestrutura portuária e de grãos da Ucrânia, segundo Kiev, como forma de impedir a retomada das exportações. Por sua vez, Moscou alega que ataca apenas alvos militares.

Essa retomada das exportações é vista como uma vitória para a Ucrânia, que conseguiu enviar seus primeiros navios civis ao Mar Negro mesmo diante dos desafios colocados pela Rússia. Além disso, destaca-se a importância dessa exportação de cereais não apenas para o país, mas também para a segurança alimentar mundial.

A situação entre a Ucrânia e a Rússia continua tensa, com a questão dos grãos sendo apenas uma parte do conflito mais amplo entre os dois países. Resta saber qual será o desenrolar dessa disputa e se a Ucrânia conseguirá retomar suas exportações de forma efetiva.

É fundamental acompanhar de perto os desdobramentos dessa questão, especialmente no que diz respeito à segurança alimentar mundial e às relações entre a Ucrânia e a Rússia. Os próximos meses serão cruciais para definir o futuro desse cenário e suas consequências para as partes envolvidas.

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