A seca extrema na região amazônica tem causado recordes históricos nos níveis dos rios. O Rio Negro, por exemplo, registrou a mínima histórica de 12,11 metros, sendo esta a terceira vez em menos de uma semana que o rio bate recordes. O baixo nível dos rios tem afetado a vida da população local, que depende diretamente das águas dos rios para diversas atividades.
A pior seca já registrada na região reduziu drasticamente o nível de água dos rios da bacia amazônica, chegando a secar leitos que antes eram vias navegáveis. O Rio Solimões, um dos principais afluentes do Amazonas, atingiu seu nível mais baixo já registrado em Tabatinga, cidade na fronteira com a Colômbia.
A seca no Brasil entre 2023 e 2024 é considerada a mais intensa da história recente, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). Todas as 62 cidades do estado do Amazonas estão em situação de emergência devido à seca, impactando diretamente as comunidades ribeirinhas.
As condições de seca na região se tornaram mais perceptíveis e frequentes após a década de 1990, de acordo com as informações do Cemaden. A dragagem do Rio Amazonas pelo navio americano é uma das medidas necessárias para lidar com os efeitos da seca na região e garantir a continuidade das atividades locais que dependem do fluxo dos rios.