Na Sexta-feira Santa, Papa fala sobre vergonha para a Igreja e a humanidade

O papa Francisco, que liderou uma cerimônia na Sexta-feira Santa, pediu perdão a Deus por escândalos na Igreja Católica e pela “vergonha” da humanidade que está se tornando cada vez mais acostumada a cenas de cidades bombardeadas e afogamento de imigrantes.
O papa Francisco presidiu a tradicional Via Crucis no Coliseu de Roma, que foi acompanhada por cerca de 20.000 pessoas, em meio a um forte esquema de segurança após os recentes ataques em cidades europeias.
Francisco sentou-se enquanto uma grande cruz de madeira foi levada em procissão, parando 14 vezes para marcar eventos das últimas horas da vida de Jesus, desde a sua condenação até o seu enterro.
No final do serviço de duas horas, o papa leu uma oração que ele próprio escreveu sobre a vergonha e a esperança.
No que parecia ser uma referência ao escândalo de abuso sexual da Igreja, ele falou de “vergonha por todas as vezes em que bispos, sacerdotes, irmãos e freiras escandalizaram e feriram seu corpo, a Igreja”.
Francisco falou também da vergonha que disse deveria ser sentida pelo “derramamento diário do sangue inocente de mulheres, crianças, imigrantes” e pelo destino daqueles que são perseguidos por causa de sua raça, status social ou crenças religiosas.
Ele falou de “vergonha por todas as cenas de devastação, destruição e afogamento que se tornaram comuns em nossas vidas”.
Nesta sexta-feira, mais de 2 mil imigrantes que tentavam chegar à Europa foram resgatados no mar Mediterrâneo.
A segurança foi reforçada na área ao redor do Coliseu, após recentes ataques de caminhões contra pedestres em Londres e Estocolmo. Cerca de 3.000 policiais vigiaram a área.
msn
15/04/2017









