Mutirão da Justiça Federal em Maceió Promove Acesso à Cidadania para População em Situação de Rua e Pessoas em Vulnerabilidade Social



No coração da capital alagoana, uma importante iniciativa social se desenrola com o objetivo de transformar a vida de pessoas em situação de rua e em vulnerabilidade social. A Justiça Federal em Alagoas (JFAL) organiza, nesta segunda-feira (6), a segunda edição do mutirão PopRuaJud, um evento que promete facilitar o acesso a serviços essenciais, promovendo cidadania e dignidade.

O mutirão ocorre das 8h às 16h, na Praça Deodoro, uma das áreas mais movimentadas de Maceió, e reúne uma gama diversificada de serviços públicos. Entre as ofertas, estão a emissão e regularização de documentos como identidade, CPF, certidão de nascimento, carteira de trabalho e título de eleitor. Além disso, a ação inclui atendimentos jurídicos, benefícios previdenciários, assistência social e de saúde, bem como atividades recreativas e doações.

Um aspecto notável do evento é o atendimento a grupos frequentemente marginalizados, incluindo profissionais do sexo e imigrantes da etnia Warao, provenientes da Venezuela. Essa abordagem inclusiva reflete o compromisso dos organizadores em apoiar aqueles que, muitas vezes, enfrentam o abandono por parte do poder público.

O juiz federal Antônio José de Carvalho Araújo, coordenador do projeto, explica que o mutirão é uma resposta à necessidade de ampliar o acesso à Justiça e a direitos básicos. Ele destaca que o projeto se concentra em superar as barreiras que pessoas em múltiplas vulnerabilidades econômicas e sociais enfrentam. Para Araújo, a ação é uma forma de dar voz e visibilidade a aqueles que muitas vezes são invisibilizados pela sociedade.

A importância desse mutirão vai além da assistência imediata; ele também se alinha às diretrizes estabelecidas pela Resolução nº 425/2022 do Conselho Nacional de Justiça, que institui a Política Nacional de Atenção a Pessoas em Situação de Rua. Essa resolução busca não apenas atender às necessidades básicas, mas também promover a integração social e a dignidade das pessoas atendidas.

Luana Vieira, coordenadora estadual do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), compartilha a experiência positiva da edição anterior. Segundo ela, o primeiro mutirão cumpriu todas as expectativas, resultando na emissão de documentos essenciais que permitiram a muitos indivíduos reconstruírem suas vidas, chegando até a deixar as ruas.

A realização desse evento representa um passo significativo em direção à inclusão social e ao reconhecimento dos direitos das pessoas em situação de rua, reafirmando a importância da solidariedade e do compromisso comunitário em lidar com a questão da vulnerabilidade social.

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