MUNICIPIOS – MP de Alagoas Regulamenta Conduta de Conselheiros Tutelares Durante Período Eleitoral em Maceió


O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), através da 13ª e 44ª Promotoria de Justiça da Capital, tomou uma medida importante para assegurar a imparcialidade dos conselheiros tutelares do município de Maceió durante o período eleitoral. Foi instaurado um procedimento administrativo com o intuito de regulamentar suas condutas, visando garantir uma eleição justa e proteger a ordem jurídica, além de manter a função democrática da instituição.

A recomendação central do documento emitido pelo MPAL é clara: conselheiros tutelares estão proibidos de realizar qualquer tipo de propaganda política dentro das dependências dos conselhos tutelares. A estrutura da instituição não pode ser utilizada para atividades político-partidárias ou promoções pessoais. Em uma declaração, o promotor de Justiça Gustavo Arns destacou que a orientação inclui a prevenção contra a produção de vídeos, áudios ou fotografias junto a candidatos ou ex-candidatos. Esta medida busca impedir que a imagem dos conselheiros seja vinculada a figuras políticas, o que poderia beneficiar interesses próprios ou de terceiros.

O MPAL também orienta que os conselheiros devem se abster de participar de eventos como passeatas e carreatas onde haja menção ao seu cargo, para garantir que seu título não seja usado para angariar votos. A recomendação é igualmente rigorosa no que diz respeito às redes sociais: os conselheiros são instruídos a não manifestar apoio a candidatos utilizando explicitamente seu cargo em publicações, seja no feed, stories, reels ou na descrição de perfis.

A utilização de sites eletrônicos, redes sociais e aplicativos de mensagens oficiais do conselho tutelar para autopromoção pessoal ou de candidatos é expressamente proibida. Essas plataformas devem ter um único objetivo: prestar um serviço informativo e orientativo em benefício da população. Gustavo Arns reforçou que, ao receberem o documento, os conselheiros tutelares tornam-se pessoalmente cientes das novas diretrizes e estão sujeitos a penalizações tanto judiciais quanto administrativas em caso de descumprimento.

O MPAL enfatiza que esta ação é crucial para a preservação da ordem jurídica e a integridade do processo democrático. O promotor de Justiça destacou ainda que esta medida não exclui a possibilidade de futuras ações ou novas recomendações relacionadas ao tema. A iniciativa é vista como um passo fundamental para assegurar a neutralidade política dos conselheiros tutelares, contribuindo para um ambiente eleitoral mais equilibrado e justo.

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