MUNICIPIOS – Ministra Marina Silva destaca ações integradas para adaptação do Brasil às mudanças climáticas em painel da XXV Marcha a Brasília.


No painel da XXV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que discutiu os desafios municipais no enfrentamento das mudanças climáticas, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fez um discurso enfatizando a necessidade de uma atuação integrada de todos os Entes para adaptar o Brasil às mudanças climáticas. Ela ressaltou a importância de destinar recursos para a prevenção e repensar as ações tomadas, destacando a importância da gestão de risco em vez da gestão do desastre.

Marina Silva também destacou a importância de apoiar as gestões locais na construção de planos municipais de adaptação às mudanças climáticas. Ela ressaltou que adaptar uma cidade pode envolver diferentes medidas, desde obras de drenagem até a realocação de populações. Em seu discurso, a ministra alertou que o Brasil e outros países signatários de acordos internacionais sobre meio ambiente não têm cumprido suas metas de redução de emissão de gás carbônico, o que contribui para o desequilíbrio ambiental.

Entre as mudanças urgentes necessárias para enfrentar as mudanças climáticas, Marina Silva mencionou a redução da emissão de CO2, o aumento da produção de energia renovável e a transição para o fim do uso de combustíveis fósseis. Ela ressaltou que todo esse trabalho demandará décadas e alertou para a frequência cada vez maior de eventos climáticos extremos no Brasil.

Além disso, a ministra abordou a situação de emergência vivenciada pelo Rio Grande do Sul, com mais de 93% dos municípios do estado impactados pelas enchentes. Ela destacou as ações tomadas pelo governo federal e afirmou que todos os esforços serão direcionados para a reconstrução das áreas atingidas. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, também fez um pronunciamento ressaltando a importância da atuação efetiva do governo federal na prevenção e enfrentamento de desastres.

A secretária do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Adriana Melo, destacou a necessidade de adaptar as políticas públicas federais para as mudanças climáticas e ressaltou a importância da criação de uma diretriz de resiliência territorial. Ela enfatizou a atuação do Ministério na criação de um consórcio nacional para apoiar os municípios na estruturação das defesas civis e na elaboração de planos nacionais de defesa civil.

Por fim, o ex-ministro e atual secretário municipal de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, Aldo Rebelo, defendeu uma nova agenda ambiental no Brasil que concilie a defesa do meio ambiente com o desenvolvimento econômico. Ele propôs que a CNM lidere a agenda dos municípios para a Conferência do Clima em Belém em 2025, buscando combinar as aspirações do país em relação ao meio ambiente e à economia.

Em resumo, o painel da XXV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios evidenciou a urgência de medidas integradas e efetivas para adaptar o Brasil às mudanças climáticas e enfrentar os desafios decorrentes dos eventos climáticos extremos. A atuação colaborativa entre diferentes esferas de governo e a implementação de políticas públicas adaptadas às novas realidades climáticas foram apontadas como fundamentais para garantir a sustentabilidade ambiental e o bem-estar da população.

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