Questões como o aumento do número de vagas em creches e a gestão eficiente das listas de espera também foram temas centrais do encontro, fundamentais para garantir um futuro mais justo para as crianças brasileiras. Durante o painel sobre “Políticas da Primeira Infância”, especialistas salientaram a importância da colaboração entre saúde, educação e assistência social para a proteção dos direitos das crianças de 0 a 6 anos. Mariana Luz, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, citou que a efetivação dessas políticas é capaz de quebrar ciclos de pobreza e criminalidade.
O segundo painel, mediado pela consultora Selma Maquiné, trouxe à tona os desafios enfrentados na Educação Infantil, focando no Projeto de Lei 2.614/2024 e o impacto negativo de obras paralisadas do ProInfância. Luciane Araújo, especialista em educação socioemocional, defendeu que a qualidade do ensino deve transcender a mera disponibilização de infraestrutura, enfatizando a importância do desenvolvimento emocional dos educadores. Mariza Abreu, consultora da CNM, ressaltou que a execução eficaz das metas do novo PNE requer também condições de financiamento adequadas.
Além disso, a implementação da Lei 14.851/2024, que regula as listas de espera para creches, foi discutida, evidenciando a falta de orientações claras para os Municípios. Alessandra Gotti, presidente do Instituto Articule, alertou para os riscos da judicialização no acesso a creches, caso diretrizes não sejam estabelecidas, o que poderia atrapalhar a gestão municipal.
Os especialistas concordaram sobre a importância de fortalecer articulações intersetoriais como um caminho essencial para enfrentar os desafios da Primeira Infância e da Educação Infantil. A CNM reafirmou seu compromisso de apoiar os gestores para que saiam da Marcha mais capacitados a garantir um futuro promissor para as crianças do Brasil.