MUNICIPIOS – Inflatação de Julho de 2024 Surpreende e Ultrapassa Previsões do Mercado

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um aumento de 0,38% em julho de 2024, um número que surpreendeu o mercado ao ficar acima da expectativa de 0,10% apontada no último Relatório Focus de 9 de agosto. Esse percentual também representa uma elevação significativa quando comparado ao IPCA de julho do ano anterior, que foi de apenas 0,12%. A análise é parte do mais recente Informativo CNM de Inflação, elaborado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).

O IPCA é reconhecido oficialmente como o indicador de inflação pelo governo federal, operando dentro de metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A medição do IPCA envolve a avaliação mensal de uma cesta de 377 itens consumidos por famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos. As edições anteriores do Informativo CNM de Inflação estão disponíveis no site da CNM, proporcionando um histórico detalhado dos índices de inflação.

O levantamento apontou que o IPCA acumulado em 12 meses atingiu a marca de 4,50%, exatamente no teto do limite superior da meta de inflação do CMN para 2024, que é de 4,5%. Um dos fatores relevados pelo estudo é a maior generalização da inflação: dos itens avaliados, 177 (ou 47%) registraram alta de preços. Isso representa um pequeno aumento em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o percentual foi de 46%.

Os setores que mais contribuíram para a elevação no índice foram transportes, com uma alta de 1,82% (impactando 0,37 pontos percentuais), seguidos por habitação (0,77% ou 0,12 p.p.), despesas pessoais (0,52% ou 0,05 p.p.), saúde e cuidados pessoais (0,22% ou 0,03 p.p.), artigos de residência (0,48% ou 0,02 p.p.), comunicação (0,18% ou 0,01 p.p.), e educação (0,08% ou 0,005 p.p.). Por outro lado, alimentação e bebidas (-1,00% ou -0,22 p.p.) e vestuário (-0,02% ou -0,001 p.p) apresentaram deflação, o que ajudou a frear um pouco o aumento geral do índice.

Destacam-se como itens de maior variação de preços a gasolina (3,15% ou 0,16 p.p.) e a passagem aérea (19,39% ou 0,11 p.p.), além da energia elétrica residencial, que teve um acréscimo de 1,93% (0,08 p.p.). Em contrapartida, itens como o tomate (-31,24% ou -0,11 p.p.), a batata-inglesa (-7,48% ou -0,03 p.p.) e a cenoura (-27,43% ou -0,03 p.p.) registraram significativas quedas de preço.

O Informativo CNM também ressaltou que, ao longo dos últimos 12 meses, o grupo de saúde e cuidados pessoais teve um papel predominante no arrefecimento da inflação. Este grupo recuou de uma taxa de 9,33% em agosto de 2023 para 6,04% em julho de 2024, evidenciando um alívio nesse segmento específico.

Esses dados refletem um cenário inflacionário complexo e multifacetado, no qual diferentes setores da economia brasileira influenciam de diferentes maneiras a taxa geral de inflação medida pelo IPCA.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo