Buarque ressaltou que muitas vezes a internet nos municípios não funciona adequadamente e que o Ministério da Saúde precisa diagnosticar essa situação para resolver os problemas de conectividade nas regiões Norte e Nordeste do país.
Durante a apresentação da TIC Saúde, o assessor de Telecomunicações do Ministério da Saúde, Otávio Viegas, reconheceu que ainda existem desafios em relação à disponibilidade de conexão em todos os municípios das regiões Norte e Nordeste. Uma pesquisa revelou que houve avanços na conexão nessas regiões, mas ainda há muito a ser feito. Viegas também mencionou iniciativas do Ministério da Comunicação, como o Plano Nacional de Inclusão Digital.
O professor da Faculdade de Saúde Pública, Fernando Aiti, levantou a questão da interconectividade na saúde digital, ressaltando que ela beneficia tanto médicos e serviços de saúde quanto burocratas do Ministério da Saúde, mas também pode colocar em risco a privacidade dos pacientes devido à criação de bancos de dados. Ele afirmou que a anonimização dos dados é muito difícil, o que significa que as informações de saúde dos pacientes são acessadas por vários setores, e o uso comercial desses dados é uma preocupação.
A diretora do Cosems-BA e do Conasems, Jaqueline Bomfim, questionou vários pontos da saúde digital e destacou a vulnerabilidade dos gestores, uma vez que ainda não está claro como será feita a regulação do setor.
O assessor técnico do Conasems, Michael Diana, acrescentou que ainda não é possível prever como os governos irão regular as diversas possibilidades da saúde digital e que isso pode agravar as desigualdades se o acesso aos benefícios identificados não chegar aos cidadãos que mais precisam. O tema continuará sendo discutido no 9º Congresso Norte Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde em Salvador-BA.