MUNICIPIOS – “Decisão do TCU acelera diálogo sobre redistribuição de royalties de petróleo, atendendo pedido da CNM e encaminhando proposta ao STF”

Na tarde desta quarta-feira, 6 de novembro, uma decisão importante sobre a redistribuição dos royalties de petróleo foi tomada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Após meses de atuação da Confederação Nacional de Municípios (CNM), os ministros da Corte decidiram atender ao pedido do presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, e sugerir ao Supremo Tribunal Federal (STF) um cronograma definido de conciliação sobre a Lei 12.734/2012, aprovada pelo Congresso com o apoio do movimento municipalista.

Essa decisão representa uma vitória significativa para o movimento municipalista, pois abre caminho para um novo diálogo federativo e uma nova perspectiva na redistribuição dos royalties. O TCU abandonou a ideia de sugerir uma nova legislação e acolheu a proposta da CNM de estabelecer um cronograma viável de debates no Núcleo de Solução Consensual de Conflitos (Nusol), vinculado à presidência do STF.

A CNM se reuniu com todos os ministros do TCU durante meses para pleitear essa mudança de entendimento. Durante o julgamento, o consultor jurídico da CNM, Ricardo Hermany, ressaltou a importância do aprofundamento do diálogo federativo sobre a redistribuição dos royalties. Segundo ele, é crucial apresentar os dados e auditorias feitas pela CNM e TCU ao STF, com um cronograma definido para garantir um diálogo federativo equilibrado nessa questão.

A matéria sobre a redistribuição dos royalties começou a ser analisada no TCU no ano passado após uma auditoria envolvendo a questão do petróleo e gás. Durante esse período, a CNM identificou a possibilidade de sugerir uma nova legislação, o que poderia resultar em um retrocesso na distribuição dos recursos, pois manteria a concentração em poucos entes federados. A CNM defendeu a manutenção da Lei 12.734/2012, que estabelecia critérios de distribuição mais equitativos.

Após a aprovação da lei, alguns Estados ingressaram com ações no STF questionando sua constitucionalidade, gerando um impasse que agora parece caminhar para uma solução com o apoio do TCU. A partir da reversão do entendimento do TCU nesta quarta-feira, espera-se que o STF estabeleça um cronograma de reuniões para tratar do assunto e chegar a um consenso, se possível, ou julgá-lo em plenário. A CNM está atuando junto ao STF para garantir uma distribuição justa dos royalties de petróleo entre os entes federativos.

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