No mês de agosto, foram registradas 230.256 admissões e 209.054 desligamentos no setor, resultando em um saldo positivo de 21.202 postos de trabalho. Quando comparado com os anos anteriores, o resultado foi inferior, com 21,2 mil vagas criadas vinculadas ao agronegócio em todo o Brasil, representando 9,3% do total de empregos. Os segmentos que mais contribuíram para a geração de empregos foram a agropecuária, agroindústria, agroserviços e insumos, com destaque para a agroindústria, que criou metade das vagas no último mês.
É importante ressaltar que a maior parte das vagas foi criada em Municípios de pequeno e médio porte, o que demonstra a relevância do agronegócio nessas regiões. No Nordeste, a cadeia do açúcar se destacou ao criar 21,2 mil novos empregos, com Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte como os principais estados beneficiados. A região Norte também teve um bom desempenho, com crescimento de vagas em setores como abate de bovino, serraria e cultivo de cana-de-açúcar.
No entanto, nem todos os setores tiveram um desempenho positivo em agosto. Algumas atividades, como o cultivo de café e o processamento industrial do fumo, registraram baixa, impactando negativamente diversos Municípios. No geral, a fabricação de açúcar bruto foi responsável pelo aumento de vagas em diversas localidades, seguida pelo cultivo de cana-de-açúcar e fabricação de álcool.
Apesar dos desafios, estados como São Paulo, Minas Gerais e Goiás se destacaram ao longo de 2024, com a produção de soja, café e laranja impulsionando a geração de empregos. Por outro lado, estados como Alagoas, Pernambuco e Sergipe registraram mais perdas de vagas no agronegócio ao longo do ano. Em meio a um cenário desafiador, o setor mostra resiliência e capacidade de adaptação para enfrentar as adversidades e contribuir para a economia do país.