Os laudos analisados revelaram que os projéteis utilizados nessas duas ocorrências foram adquiridos pela Polícia Militar do Estado de São Paulo entre os anos de 2013 e 2018. A diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo, ressaltou a gravidade da situação, destacando a sequência numérica das munições encontradas nos dois eventos, indicando uma conexão direta entre o crime organizado e as instituições de segurança.
Além disso, surgiram evidências de conluio entre policiais ativos e integrantes do PCC, levantando preocupações sobre a eficácia dos sistemas de controle de distribuição de munições por parte das autoridades policiais. A falta de segurança no acervo de armas das polícias foi apontada como uma questão alarmante, uma vez que a marcação das munições dificulta o rastreamento em casos de desvio para atividades criminosas.
O ataque ocorrido em Botucatu em 2020 foi descrito como uma verdadeira cena de guerra, envolvendo uma quadrilha de 40 integrantes que causaram terror na cidade do interior com explosões, tiroteios e reféns nas ruas. O episódio revelou a presença de criminosos ligados ao PCC e apontou conexões com outros assaltos semelhantes na região.
Diante dessas revelações, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que as investigações sobre o assassinato de Gritzbach seguem sob sigilo, com 28 suspeitos já presos. A pasta reforçou o compromisso com a apuração rigorosa de casos de desvio de munição e a adoção de medidas disciplinares e judiciais quando necessário.