A fraude começou no final da década de 1980, quando Ana Lucia entregou uma certidão de nascimento fraudada à Força, se passando pela filha de um ex-combatente da Segunda Guerra Mundial. Ao longo de três décadas, ela recebeu aproximadamente R$ 3,7 milhões, o equivalente a R$ 7,2 milhões em valores corrigidos.
O esquema contava com a ajuda da avó de Ana Lucia, Conceição Galache de Oliveira, que também se beneficiava do dinheiro da pensão. No entanto, em 2021, a avó decidiu delatar a neta ao Exército após um desentendimento envolvendo a quantia recebida. Infelizmente, ela faleceu pouco tempo depois e não chegou a responder criminalmente.
Em fevereiro de 2023, Ana Lucia foi condenada pela justiça militar a três anos e três meses de prisão. Além disso, na última quarta-feira (2/10), o Tribunal de Contas da União decidiu que ela terá que devolver os R$ 3 milhões recebidos de forma fraudulenta, pagar uma multa de R$ 1 milhão e ficar impedida de exercer cargos em comissão ou funções de confiança por 8 anos.
Este caso serve como alerta para a importância da verificação rigorosa de documentos e informações, especialmente em casos que envolvem benefícios e pensões. A atitude da avó em delatar a fraude mostra que a honestidade deve sempre prevalecer, mesmo diante de situações complicadas. A justiça foi feita, mas o prejuízo financeiro e moral causado por essa fraude durará por muito tempo.