Mulher é indiciada por injúria racial contra criança de seis anos em Campestre, Alagoas
A polícia civil de Alagoas concluiu o inquérito sobre um caso de injúria racial envolvendo uma mulher de 59 anos e uma criança de seis anos, no município de Campestre, no Norte de Alagoas. De acordo com o delegado Paulo Cerqueira, titular da 113° Delegacia de Polícia Civil, a acusada foi indiciada pelo crime com base nas declarações da mãe da criança e de uma testemunha.
Segundo a mãe da criança, seu filho havia ido até a casa de uma vizinha na área urbana do município, quando foi insultado com palavras de cunho racista pela acusada, moradora da região. A criança voltou para casa em prantos, relatando que a mulher o havia impedido de entrar na casa da vizinha e o chamado de “macaco preto”.
A testemunha, que é vizinha da acusada, afirmou que a mulher estava em sua casa e apresentava sinais de estar sob efeito de bebidas alcoólicas. Ela relatou que a autora do crime fez comentários ofensivos, como: “O que você está fazendo aqui, Macaco? Vá para casa”.
Em sua defesa, a indiciada, que é aposentada e está passando por tratamento de saúde, alegou que não se lembra do que falou, pois estava embriagada naquele dia, e lamenta o ocorrido.
A Polícia Civil ressaltou que, apesar da alegação de embriaguez, isso não exclui a materialidade do crime e a mulher vai responder pelo crime de injúria racial. A pena prevista para esse crime é de dois a cinco anos de reclusão e multa. Além disso, a lei sancionada em 2023 enquadrou a injúria racial como crime de racismo.
Agora, o caso segue para a próxima etapa do processo, que inclui a análise do Ministério Público e a decisão da justiça. A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil para mais informações, mas até o momento não obteve resposta.