Mulher compartilha experiência de diagnóstico de vaginismo, vulvodínia e estenose vaginal congênita e abre debate sobre saúde íntima e tabus sociais.

A história de Elena Filipczyk repercutiu amplamente nas redes sociais após ela revelar ter sido diagnosticada com vaginismo, vulvodínia e estenose vaginal congênita. Essas condições provocam dores na região pélvica e levaram Elena a se questionar se sua vagina estaria de alguma forma “quebrada”. Mas afinal, é possível quebrar a vagina?

Conversamos com a ginecologista e obstetra Fabiana Tosta, que esclareceu que não há como quebrar a genitália feminina em si. A sensação de algo estar quebrando pode ser causada pelas dores extremas provocadas pelo vaginismo, vulvodínia e estenose vaginal. Essas condições são mais comuns do que muitas pessoas imaginam e requerem acompanhamento profissional para tratamento adequado.

Tosta ressaltou que o vaginismo, que é caracterizado por espasmos involuntários dos músculos do assoalho pélvico durante o ato sexual, e a vulvodínia, que causa ardência constante em diferentes partes da vagina, são problemas frequentemente relatados em seu consultório. Já a estenose vaginal, um estreitamento anormal do canal vaginal, é menos comum, mas pode surgir na menopausa.

No caso do vaginismo, especialmente, a abordagem terapêutica envolve uma equipe multidisciplinar devido ao componente psicológico que muitas vezes está presente. Elena Filipczyk compartilhou como se sentiu sozinha e diferente por tanto tempo devido à falta de informação sobre suas condições de saúde. O impacto emocional e social dessas condições não deve ser subestimado, e a conscientização é fundamental para que mais pessoas se sintam acolhidas e compreendidas.

Em meio a relatos como o de Elena, é crucial que haja mais abertura e diálogo sobre questões relacionadas à saúde íntima, para que mulheres em situações semelhantes não se sintam isoladas ou envergonhadas. O caminho para a superação começa com a informação e o apoio adequado.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo