De acordo com Cabral, os documentos em questão não passaram por perícia técnica e foram considerados falsos pela autarquia. Apesar disso, a Justiça Federal determinou que a macaca fosse devolvida às tutoras, incluindo Vitória Gabriela Rodrigues, de 24 anos, e sua mãe, a enfermeira Rosemary Rodrigues, de 51 anos.
Cabral contestou essa decisão, afirmando que a veracidade dos documentos foi comprovada por meio do Sistema de Gestão de Fauna (SisFauna), que valida registros desse tipo. Segundo o analista ambiental, a macaca foi adquirida de forma ilegal de um traficante, o que resultou na aplicação de multa à tutora.
O episódio da apreensão de Anne no shopping, onde a macaca estava sendo passeada e passada de mão em mão, gerou repercussão nas redes sociais. O Ibama destacou que esse tipo de exposição em locais públicos pode representar riscos tanto para o animal quanto para as pessoas ao redor. O analista ainda ressaltou que o comportamento inadequado pode levar a problemas graves, como mordidas e ferimentos em humanos.
Após a apreensão, Anne foi encaminhada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Distrito Federal, onde se adaptou bem e foi inserida em um grupo de macacos-prego. O Ibama pretende recorrer da decisão judicial que determinou a devolução da macaca às tutoras, argumentando que a medida seria equivocada em termos de segurança animal e respeito à legislação ambiental.
Com essa nova reviravolta no caso da macaca-prego Anne, a questão da posse ilegal de animais silvestres e a necessidade de combater o tráfico de fauna ganham destaque. O Ibama reforça a importância de se cumprir a legislação ambiental para proteger as espécies ameaçadas e preservar o equilíbrio dos ecossistemas.