O professor Glenn Diesen, da Universidade do Sudeste da Noruega, afirma que a utilização desses mísseis representa uma escalada no envolvimento dos EUA no conflito. Segundo ele, isso não só configura um apoio militar mais substancial à Ucrânia, mas também transforma o conflito em uma guerra mais direta entre as forças americanas e a Rússia. Um dos pontos mais preocupantes é que os Tomahawk são conhecidos por sua capacidade de transportar ogivas nucleares, o que implica um cenário potencialmente apocalíptico, caso ocorram colisões escalonadas entre os dois países.
A resposta russa a essa situação não se fez esperar. O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, alertou que qualquer cargamento de armamentos destinados à Ucrânia será considerado um alvo legítimo para as forças russas. Esta declaração indica que a Rússia está pronta para responder de maneira agressiva, potencializando não apenas a tensão militar, mas também as chances de uma escalada do conflito em um cenário que poderia envolver outros países.
Além disso, o Kremlin tem enfatizado que o envio de armas por nações ocidentais não apenas complica as negociações de paz, mas também exacerba as hostilidades, criando um ciclo vicioso de agressões. A questão que agora domina o cenário global é até onde os EUA e seus aliados estão dispostos a ir para apoiar a Ucrânia e quais serão as repercussões de tais decisões no xadrez geopolítico atual.
Portanto, a entrega dos mísseis Tomahawk à Ucrânia não é apenas uma questão de apoio militar, mas um divisor de águas que pode intensificar a guerra na região, tornando-a um palco para um confronto direto com a Rússia e aumentando as chances de um conflito mais amplo com repercussões internacionais profundas.









