MRV&Co projeta crescimento sustentado após recorde de vendas e ajustes no programa Minha Casa Minha Vida



MRV&Co Mantém Otimismo Após Recorde de Vendas e Ajustes no Minha Casa Minha Vida

A MRV&Co registrou um recorde notável em vendas de imóveis durante o segundo trimestre deste ano. A empresa mantém perspectivas otimistas, vislumbrando a continuidade desse ciclo positivo, sustentada por recentes ajustes no programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV). De acordo com Ricardo Paixão, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da MRV&Co, as vendas no terceiro trimestre continuam robustas, seguindo o mesmo ritmo dos meses anteriores.

No início de outubro, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) surpreendeu o mercado destinando mais R$ 22 bilhões ao orçamento anual do fundo, especificamente para financiamentos do MCMV. Como complemento, o Ministério das Cidades revisou as faixas de renda dos beneficiários. O limite da faixa 1 foi ampliado de R$ 2.640 para R$ 2.850, e o da faixa 2 de R$ 4.400 para R$ 4.700. A faixa 3 manteve-se em R$ 8.000.

Essas iniciativas são vistas com bons olhos e devem apoiar os negócios, segundo Paixão. "O governo tem demonstrado comprometimento em garantir que não faltará funding para o Minha Casa Minha Vida", afirmou o executivo, acrescentando que a empresa se sente confortável com essa situação.

O acréscimo de R$ 22 bilhões pretende sustentar o ritmo elevado de contratações do programa, oferecendo um impulso de recursos financeiros para os próximos meses. "Esse complemento nos dá fôlego até o final do ano", ressaltou. Porém, Paixão alertou que, caso o programa continue com um ritmo intenso de contratações, pode ser necessário um aporte adicional em novembro ou dezembro. No entanto, ele acredita que isso não será um problema, visto que há espaço no FGTS para redistribuir sobras do orçamento de áreas como saneamento e infraestrutura no fim do ano.

O ajuste nas faixas de renda é visto como um movimento crucial para adaptar o programa ao perfil do público comprador. Segundo Paixão, isso pode acelerar a velocidade das vendas e, consequentemente, elevar o preço dos imóveis. Com isso, a MRV espera um aumento de 10% a 12% nas vendas da faixa 1, decorrente da expansão do público elegível.

A ampliação da faixa 2 também é positiva, pois visa atrair consumidores da faixa 3, onde não há subsídios. "Esses clientes poderão obter financiamentos com juros mais baixos", previu Paixão.

O diretor financeiro destacou ainda que a margem bruta das novas vendas de imóveis está em expansão, beneficiada por um cenário de custos de construção praticamente estáveis, mas com preços de vendas em alta. Ele mencionou que, apesar de uma pressão maior nos custos de mão de obra em São Paulo, nas outras regiões a situação permanece sob controle.

Em relação às metas corporativas, Paixão revelou que a direção da MRV&Co está "super confiante" em alcançar as projeções para o ano. No primeiro semestre, a divisão da MRV registrou uma receita líquida de R$ 3,9 bilhões, com expectativa anual entre R$ 8 bilhões e R$ 8,5 bilhões. A margem bruta atingiu 26%, dentro do previsto, e o lucro líquido foi de R$ 130 milhões, com a meta anual fixada entre R$ 250 milhões e R$ 290 milhões.

A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido, foi de 40,9% no semestre, contra uma meta anual de 34% a 36%. Paixão destacou que a geração de caixa deve acelerar significativamente no segundo semestre, ajudando a equalizar a alavancagem. No primeiro semestre, a geração de caixa ficou em R$ 32 milhões, mas a previsão para o ano é de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões, meta que permanece inalterada.

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