Entre os questionamentos está o impacto dessas mudanças nos direitos dos usuários brasileiros das plataformas, além de questões relacionadas à detecção e combate a práticas como a divulgação de informações falsas, o envio em massa de mensagens e o uso de perfis fictícios e robôs.
O procurador da república Yuri Corrêa da Luz, responsável pelo ofício, ressaltou a importância de compreender as violações consideradas graves pela Meta, bem como os critérios para classificar um conteúdo como de baixa gravidade. Além disso, o documento solicita esclarecimentos sobre as restrições em temas como migração e gênero, e os impactos dessas mudanças na moderação de conteúdo.
As mudanças anunciadas pela Meta incluem o fim do programa de checagem de fatos, a promoção de conteúdo cívico e a exclusão apenas de conteúdos considerados graves. No entanto, questões relacionadas ao discurso de ódio também foram levantadas, especialmente em relação à associação de temas como homossexualidade e transsexualidade a doenças mentais, bem como insultos em contextos homofóbicos, xenófobos e misóginos.
A Meta, em resposta à Agência Brasil, optou por não comentar a notificação do MPF. Joel Kaplan, diretor de assuntos globais da empresa, justificou as mudanças como uma oportunidade de ampliar a liberdade de expressão nas plataformas, eliminando restrições em temas sensíveis como imigração e identidade de gênero.
Diante das preocupações levantadas pelo MPF e da repercussão das mudanças nas redes sociais da Meta, as próximas semanas serão decisivas para avaliar o impacto dessas alterações nas plataformas mais utilizadas do mundo.