De acordo com as informações divulgadas, o incêndio criminoso destruiu 380 hectares de terras, sendo 220 desses hectares caracterizados como vegetação nativa de cerrado. A área afetada estava localizada na Área de Preservação Ambiental do Planalto Central, às margens da Rodovia DF-290, próxima ao Engenho das Lages.
A região em questão é uma unidade de conservação federal, abrangendo uma área de 503 mil hectares do bioma cerrado no Distrito Federal. Imagens obtidas durante a investigação mostram que os denunciados transitavam na Rodovia DF-290, na Ponte Alta do Gama, na manhã do dia 25 de setembro. Segundo o MPF, um deles desceu do carro e ateou fogo na vegetação ao se aproximarem das margens da APA do Planalto Central.
O procurador Frederico Paiva, responsável pela denúncia, ressaltou os impactos causados pelo incêndio, que resultaram em uma considerável piora nos níveis de poluição atmosférica. A população local e do Distrito Federal enfrentou grandes transtornos devido à quantidade de fumaça presente no ar, resultando em dificuldades respiratórias, tosse seca, ardor nos olhos, no nariz e na garganta, entre outros sintomas.
Além disso, o fogo também atingiu áreas ocupadas por chácaras, residências e instalações rurais, incluindo as pastagens da Fazenda Brasília Avestruz, da Fazenda São Jerônimo do Buritizinho e a plantação de café irrigado da Fazenda Buritizinho. A ação criminosa impactou não apenas o meio ambiente, mas também a vida e o bem-estar da população local.