Esta ação investigativa resultou no cumprimento de 14 mandatos de busca e apreensão, direcionados a 12 pessoas físicas e jurídicas. O grupo alvo da denúncia vinha cometendo fraudes documentais e manipulações empresariais para obter vantagens ilícitas, prejudicando assim o sistema fiscal. Contadores, advogados e empresários se envolveram nesse esquema criminoso, contando com a cooperação de “laranjas” e “testas de ferro”.
Durante a condução da investigação, foram confiscados materiais como eletrônicos, automóveis e documentos, que serviram de base para a ação judicial proposta pelo Gaesf. A denúncia detalha as infrações previstas na legislação brasileira, além de abordar transações financeiras suspeitas que indicam lavagem de dinheiro, obtidas através de dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Vale ressaltar que o líder deste grupo já havia sido alvo de investigações anteriores, incluindo a operação Camaleão da Polícia Federal em 2019.
O MPAL está buscando uma condenação que inclui o ressarcimento mínimo de R$ 502.503.647,88 e a imposição de danos morais coletivos. Os denunciados operavam um esquema complexo com sucessões empresariais no segmento supermercadista, utilizando sócios-laranjas e pessoas interpostas para evitar pagamento de tributos e obter lucros ilegais. Com embasamento nos dados do COAF, o Gaesf detectou transações financeiras suspeitas que podem ser enquadradas em crimes financeiros como lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
Esse é mais um caso que envolve a atuação de grupos criminosos no cenário empresarial, comprometendo a integridade e a legalidade do sistema fiscal brasileiro. As autoridades competentes estão empenhadas em desmantelar essas organizações, garantindo a justiça e o correto funcionamento do sistema.