Segundo informações divulgadas pelo Ministério Público, o objetivo do inquérito é identificar as causas do desabamento, os responsáveis pela obra e verificar se houve algum tipo de omissão na fiscalização do empreendimento. A Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital está buscando informações sobre as medidas já adotadas pela concessionária Linha Uni e qual construtora estava liderando as obras.
No decorrer do inquérito, a Promotoria deu um prazo de dez dias para que o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) envie a cópia do contrato da Parceria Público-Privada firmada para a construção da Linha 6 – Laranja, juntamente com todos os relatórios de fiscalização e informações sobre as medidas tomadas para elucidar as causas do incidente.
Segundo a Prefeitura de São Paulo, o desmoronamento do solo foi causado pela passagem do tatuzão, máquina tuneladora utilizada nas escavações dos túneis. A LinhaUni, responsável pela obra, ainda não informou quando o buraco será completamente fechado, mas garantiu que o cronograma de obras não foi afetado.
Além disso, moradores da região relataram falta de água após o problema, que foi causado pelo dano em redes de pequeno porte de água e esgoto. A empresa responsável pela distribuição de água, Sabep, afirmou que o fornecimento foi normalizado na tarde da sexta-feira.
A Linha 6-Laranja do Metrô, conhecida como “Linha das Universidades”, está prevista para ter 15 estações, ligando a Brasilândia, na zona norte, a São Joaquim, no centro da cidade. Apesar do atraso de mais de mil dias nas obras, o governo ainda tem como previsão de entrega a primeira etapa para outubro de 2027, podendo se estender até 2028 devido aos atrasos anteriores. O projeto impactará diversas instituições de ensino ao longo do percurso, como o Centro Universitário São Camilo, PUC-SP, FMU, FAAP, Mackenzie, Unip e Uninove.