A decisão, tomada por uma única ministra, surpreendeu a defesa da cantora, que anunciou que iria recorrer da absolvição. Ludmilla acredita que o colegiado do STJ terá um entendimento diferente e reconhecerá a atitude de Marcão como criminosa e preconceituosa, contribuindo assim para a continuidade da luta contra o racismo no Brasil.
O episódio de racismo ocorreu em janeiro de 2017, durante o programa Balanço Geral do Distrito Federal, quando Marcão do Povo se referiu a Ludmilla como “macaca”, após a cantora supostamente evitar posar para fotos com fãs. O jornalista chegou a ser demitido da Record TV na época, mas logo foi contratado pelo SBT.
Em seu pedido de desculpas, Marcão alegou que o termo utilizado era uma “expressão regional”, porém a repercussão negativa do caso evidenciou a gravidade do ocorrido. A atitude do jornalista provocou indignação e mobilização de diversas entidades e movimentos sociais que lutam contra o racismo.
Agora, com o recurso apresentado pelo Ministério Público, o caso segue para análise no STJ, onde se espera que a Justiça reconheça a gravidade do crime de racismo e promova a responsabilização do agressor, em consonância com os princípios de igualdade e combate à discriminação racial.