Com 29 anos de idade e natural de Dianópolis, no Tocantins, Rick Azevedo vive no Rio de Janeiro há uma década. Sua visibilidade aumentou após um vídeo viralizar no TikTok, no qual ele expressava seu cansaço com a rotina de trabalho como balconista de farmácia. Nesse vídeo, ele falou sobre a necessidade de combater um regime de trabalho escravocrata que ainda permeia a sociedade.
Diante da repercussão desse vídeo, Rick criou um grupo no WhatsApp para coordenar ações com seus apoiadores, reunindo até 2 mil pessoas. Esse movimento foi denominado Vida Além do Trabalho (VAT), refletindo a mensagem transmitida no vídeo inicial.
Com o respaldo de especialistas, Rick lançou um abaixo-assinado que, em pouco tempo, conseguiu o apoio de 50 mil pessoas nas redes sociais. Atualmente, esse documento conta com mais de 2 milhões de assinaturas e foi fundamental para embasar a PEC apresentada por Erika Hilton em maio.
A proposta da PEC visa revisar a escala de trabalho 6×1, promovendo uma jornada mais equilibrada e proporcionando mais tempo para a vida pessoal e familiar dos trabalhadores. Ela também propõe um debate público abrangente envolvendo todas as partes interessadas, visando implementar medidas que garantam o bem-estar e a saúde dos empregados.
A proposta inclui a redução da jornada de trabalho para quatro dias na semana, totalizando 36 horas semanais, em contrapartida às 44 horas atuais. Essa mudança representa uma adaptação às novas demandas do mercado de trabalho e uma busca por melhor qualidade de vida para os trabalhadores e suas famílias.
Para que a proposta seja protocolada e inicie sua tramitação, é necessário obter a assinatura de pelo menos 171 dos 513 deputados federais. Até o momento, a deputada Erika Hilton conseguiu cerca de 140 assinaturas, estando próxima do total necessário para avançar com as discussões sobre a proposta. Se não atingir as 171 assinaturas, o projeto não seguirá adiante.
Essa iniciativa do vereador Rick Azevedo e da deputada Erika Hilton representa um passo importante na luta por condições de trabalho mais dignas e equilibradas para os brasileiros, refletindo um movimento global em direção a modelos de trabalho mais flexíveis e humanizados.
