Na nota, o grupo aponta que a ação judicial inclui pedidos extremos, como a prisão da professora e uma restrição à sua capacidade de manifestar-se publicamente sobre sua experiência. Para Por Mulheres Brasil, essa iniciativa não é apenas uma tentativa de censura, mas uma séria violação de direitos fundamentais que garantem a liberdade de expressão.
O documento destaca que silenciar uma mulher que se atreve a dialogar sobre a violência que sofreu perpetua um ciclo de opressão e fragiliza as bases do estado democrático de direito. Segundo a nota, ações como a movida por Bove configuram não apenas perseguição, mas também revitimização, sublinhando a importância de garantir que as mulheres tenham espaço para compartilhar suas experiências sem medo de retaliações.
Além disso, a organização criticou o silêncio do partido ao qual o deputado está filiado, apontando que essa omissão institucional representa uma forma de cumplicidade com a violência política e de gênero. Na avaliação do movimento, a ausência de uma postura clara da legenda diante dessa situação revela uma fragilidade nas estruturas que deveriam proteger os direitos das mulheres e coibir abusos.
Por Mulheres Brasil reiterou seu compromisso com a liberdade de expressão e com a luta contra todas as formas de violência que ameaçam as vozes femininas. Para a entidade, é crucial garantir que a coragem de mulheres como Cíntia não seja tratada como uma ameaça, mas sim como uma força a ser reconhecida e apoiada. O movimento conclui sua declaração afirmando que está ao lado de Cíntia e de todas que se levantam contra a opressão e a violência.