Além disso, o relatório indica que o ex-presidente também realizou transferências no valor de R$ 30,6 milhões durante o mesmo período. A origem dos valores recebidos é diversificada: R$ 8,7 milhões provêm de 52 resgates de investimentos em CDBs e RDBs, enquanto R$ 1,3 milhão resulta de três operações de câmbio. Outros montantes incluem R$ 373,3 mil em proventos, R$ 304 mil decorrentes de 203 transferências, R$ 166 mil provenientes de 12 resgates de aplicações e R$ 99,7 mil de uma previdência privada.
Entre os principais depositantes, destaca-se o PL, partido ao qual Jair Bolsonaro é filiado, que depositou R$ 291 mil. Já em termos de saídas, a lista de recebedores inclui o advogado Paulo Cunha Bueno e o escritório de advocacia DB Tesser, ambos figurando com R$ 3,3 milhões cada, além de uma empresa de engenharia que recebeu R$ 900 mil e um escritório de arquitetura com R$ 235 mil.
A Polícia Federal sinaliza que as movimentações financeiras estão sob suspeita de envolvimento com “lavagem de dinheiro e outros ilícitos”. A defesa de Jair Bolsonaro, ciente do indiciamento, contou com um prazo até a noite de 22 de agosto para se manifestar sobre o relatório. Contudo, preferiu não comentar o conteúdo do documento, mencionando que um esclarecimento completo seria feito dentro do prazo estipulado pela Justiça.
Esse cenário intensifica o foco sobre as práticas financeiras do ex-presidente e seu círculo próximo, levantando indagações sobre a legalidade e a transparência das transações. A investigação está longe de terminar e promete trazer à luz mais detalhes sobre a relação financeira de Bolsonaro à medida que o processo avança.