O ato está programado para começar às 6h e inclui o fechamento pacífico de diversos pontos estratégicos da cidade, como as vias da Rota do Mar e o Pontal da Barra, além da Praça Centenário e da Via Expressa. Os organizadores incentivam a população a levar cartazes e pneus, que são símbolos de protesto. A ideia é promover uma manifestação que chame a atenção para a insegurança enfrentada por trabalhadores da categoria, especialmente após a morte de Márcio, que levantou preocupações sobre a segurança pública na profissão.
Entretanto, a organização do protesto não é consensual entre os motoristas. Enquanto alguns apoiam a manifestação, outros, liderados por Ricardo Lira, membro da Associação dos Motoristas por Aplicativo do Estado de Alagoas (AMPAEAL), decidiram não participar da paralisação. Em uma declaração na internet, Lira argumentou que a suspensão das atividades visa evitar prejuízos para os cidadãos que dependem do transporte, como aqueles que aguardam por consultas médicas e cirurgias essenciais.
Nas redes sociais, debate sobre a eficácia do protesto se intensifica. Alguns motoristas afirmam que o ato é fundamental para garantir segurança e proteção à categoria, ressaltando que a morte de um colega não pode ser ignorada. Um vídeo de uma live no Instagram ajudou a fomentar essa discussão, onde motoristas reiteraram que a manifestação continuará, com a expectativa de que não cause grandes interrupções no tráfego. A preocupação crescente entre os motoristas revela um clima de insegurança generalizada, resultante não apenas da morte de Vieira, mas também de situações cotidianas envolvendo violência.
Assim, Maceió se depara com um momento de mobilização onde os motoristas por aplicativo buscam um espaço para se fazer ouvir, refletindo um cenário de luta por direitos e segurança que, embora fragmentado, revela uma comunidade unida pelo mesmo anseio de proteção e justiça.