O julgamento ocorreu na 5ª Vara do Júri no Fórum Criminal da Barra Funda, no último dia 23 de janeiro. A juíza Isadora Botti Beraldo Moro destacou que o Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e autoria do crime de homicídio consumado, assim como a presença do dolo eventual e da qualificadora de homicídio por motivo fútil.
Marina, que tinha apenas 28 anos, voltava para casa em sua bicicleta quando foi atropelada por José Maria, que dirigia embriagado e em alta velocidade. O motorista ainda fugiu do local do acidente e foi flagrado por câmeras de segurança chegando em casa visivelmente alterado pela bebida.
Inicialmente foragido, José Maria se apresentou à polícia após a advertência sobre a expedição de um mandado de prisão. O Ministério Público de São Paulo solicitou a abertura de procedimento para investigar a médica que emitiu um atestado médico de dengue, alegando não comparecimento do réu ao julgamento anterior, adiado devido ao atestado.
Além da condenação, o motorista também foi suspenso do direito de obter permissão para dirigir veículo automotor por cinco anos. Marina Kohler Harkot era reconhecida como estudiosa de mobilidade urbana e ativismo, cursava doutorado na Universidade de São Paulo e contribuía como pesquisadora do LabCidade/FAU-USP.
Neste triste episódio, a cidade perdeu não apenas uma jovem talentosa e engajada, mas também uma voz ativa na defesa de políticas urbanas mais inclusivas e sustentáveis. A justiça foi feita, mas não apaga a dor e a saudade deixadas por Marina Kohler Harkot. O legado de suas lutas e estudos permanecerá vivo, inspirando gerações futuras a seguirem seu exemplo.