Os detalhes da investigação foram apresentados por importantes autoridades da polícia, incluindo o delegado-geral, Gustavo Xavier, o delegado Igor Diego, que atua na Divisão de Repressão a Crimes Organizados (Dracco), e o delegado João Marcello, responsável pela Seção Antissequestro da mesma divisão. Segundo as apurações, o motorista teria planejado meticulosamente a simulação de seu próprio sequestro, incendiando-se de maneira a aparentar ser a vítima de um crime brutal.
O caso teve início na noite da última sexta-feira, quando, segundo o relato do motorista, ele foi abordado por três homens armados enquanto estacionava seu carro no Conjunto Aprígio Vilela, local onde pretendia iniciar seu turno de trabalho. O motorista alegou que foi levado a um local isolado, onde os supostos criminosos teriam o queimado com um líquido inflamável. Ele assegurou que conseguiu fugir e buscar socorro na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Benedito Bentes, com a ajuda de moradores.
No entanto, a narrativa começou a desmoronar logo no início da semana. As investigações da polícia, que incluíram a coleta de imagens de câmeras de segurança, perícias no local do suposto crime e análise de dados telefônicos, começaram a revelar uma série de contradições nos depoimentos do motorista. O delegado João Marcello destacou que as evidências coletadas não apenas desmentiam a versão apresentada, mas também levantavam questionamentos sobre as verdadeiras motivações por trás da dramatização.
Com isso, a Polícia Civil agora se dedica a esclarecer as razões que levaram o motorista a criar essa falsa história. O homem pode ser responsabilizado por falsa comunicação de crime e outras infrações, dependendo dos desdobramentos da investigação. A situação destaca a importância de uma apuração detalhada e rigorosa em casos que envolvem denúncias de violência, garantindo que a verdade prevaleça e que os verdadeiros crime não sejam obscurecidos por ações fraudulentas.